Obesidade é um acúmulo excessivo de gordura corpórea numa magnitude que compromete a saúde, tanto no físico, mental e o emocional. É um fator desencadeador de problemas cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, determinadas complicações respiratórias a articulares que comprometem a qualidade de vida do ser humano.
É considerada obesa a pessoa que tem o IMC (Índice de massa corpórea) acima de 30. Nos últimos anos houve um aumento de 53% nos números de obesos.
A obesidade é considerada uma doença crônica que deve e merece ser tratada, tendo como objetivo alcançar um melhor estado de saúde através do equilíbrio metabólico nos valores sanguíneos de glicose, colesterol, com também na melhoria dos problemas articulares, psicológicos e outros.
Esse transtorno apresenta-se nas mais variadas causas e, contribuindo para este quadro generalizado, a oferta de alimentos é um deles, a industrialização que influencia o apelo da mídia e o estilo de vida. O comer é antes de tudo uma necessidade para nos mantermos vivos e também detém um poder de proporcionar prazer, pois tem uma relação direta com os sentidos (paladar, olfato, visão).
Um dos fatores comum entre as pessoas obesas é “O não reconhecimento de suas emoções”, este é um ponto fundamental, pois a pessoa não aprende a distinguir e diferenciar suas emoções e com isso não sabe lidar com elas.
Associam o comer como um meio de livrar-se de emoções incômodas que não sabem lidar e com isso inicia o processo de ganho de peso.
Nesse sentido, podemos considerar o comer nessas pessoas como drogadição onde a ação tenta superar uma dor mental através do recurso a substancias externas que tranquilizem o espírito e suprimem provisoriamente o conflito psíquico.
Há ainda um alto grau de co-dependência nas relações das pessoas obesas e o tratamento inclui uma equipe multidisciplinar envolvendo endocrinologista que avaliará possíveis disfunções orgânicas, nutricionista que contribui na dieta e o acompanhamento psicológico, quando o quadro inclui distúrbios como ansiedade e compulsividade, seu objetivo é resgatar na terapia diversos pontos importantes, tais como resgatar a autonomia na pessoa, sua auto estima, seu amor próprio.
Aprender a dizer não em todos os sentidos, para si próprio e para os demais reduzir a co-dependência, deixar de atribuir a culpa de sua obesidade a outras pessoas ou a fatores externos;
Outro aspecto relevante é a distorção existente entre o que a pessoa efetivamente ingere (quantitativamente) e o que ela pensa ingerir (distorção da realidade).
Reduzir a co-dependência, trabalhar a diferença entre FOME e GULA, contenção de ansiedade e compulsividade e o importante, ajudá-la a reconhecer o significado do fato para que ela possa ressignificar-lo é dar um novo sentido para a sua vida, um novo lugar para si mesmo no mundo e consequentemente a possibilidade de ter um corpo mais satisfatório e saudável aos seus critérios pessoais.
Sueli da Silva Teixeira – Psicóloga
CRP - 06/104661
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